Infraestrutura para hospedar um servidor wordpress em uma instância EC2 e armazenar os dados produzidos em um RDS.
Componentes:
Rede privada envolvendo os recursos
Sub-rede com recursos publicos ou que possibilitam o acesso externo:
- ALB: Application Load Balancer para redirecionar as requisições recebidas em seu DNS público para o servidor web existente na subnet privada.
- Internet Gateway: Habilita acesso a internet aos recursos da VPC.
- Nat Gateway: Permite que componentes em subnets privadas tenham acesso a internet, estes componentes não são acessíveis na internet, apenas possuem acesso a ela.
- Security group: SSH liberado publicamente para acesso ao bastion.
- EC2: Instância t2.micro, esta instância é utilizada apenas para acessar outras instâncias privadas de modo seguro, por isso é chamada de bastion.
Sub-rede para o servidor web (EC2):
- Security group:
- HTTP liberado publicamente;
- SSH liberado na VPC (10.0.0.0/22).
- EC2: Servidor web com acesso ao banco de dados RDS, a única forma de acesso ao bash é via bastion, não é possível acessá-lo diretamente via internet, apenas via HTTP (redirecionado pelo ALB). Para baixar pacotes como o client do MySQL e PHP é utilizado o Nat Gateway mencionado anteriormente, a instância EC2 é direcionada para o Nat Gateway que por sua vez encaminha a requisição para o Internet Gateway possibilitando o acesso a internet pela instância.
Sub-rede para o banco de dados MySQL (RDS)
- Security Group: Acesso liberado a subnet privada (servidor web).
- RDS: MySQL para salvar dados gerados pelo servidor wordpress.
A infraestrutura criada precisa das seguintes variáveis para funcionar corretamente:
Nome | Descricao | Padrão |
---|---|---|
wordpress_database | Nome do banco de dados que será criado | wordpress |
bastion_key_name | Key pair para acesso ao bastion (chave .pem) | wordpress-lab |
web_server_key_name | Key pair para acesso ao web server (chave .pem) | wordpress-lab |
wordpress_user | Nome do usuário que possuirá acesso a base wordpress_database |
|
wordpress_user_password | Senha do wordpress_user |
|
master_rds_user | Nome do usuário master (root) | |
master_rds_user_password | Senha do usuário master |
Importante: A documentação do terraform orienta que a criação da Key Pair seja feita fora dos arquivos ".tf" para não serem armazenados nos arquivos de estado do terraform. O direcionamento é que apenas o nome da Key Pair seja utilizado nos arquivos ".tf".
Caso a chave wordpress-lab
não exista região em que o ambiente será publicado - us-east-1 por padrão, essa configuração pode ser alterada no arquivo main.tf - a infra não será criada. As Keys Pairs podem ser substituidas atribuido as variáveis bastion_key_name
e web_server_key_name
novos valores, este processo será detalhado nas próximas seções.
Para criar variáveis que serão identificadas pelo terraform o prefixo TF_VAR_ precisa ser utilizado.
$env:TF_VAR_master_rds_user = 'usuario root'
$env:TF_VAR_master_rds_user_password = 'senha super secreta'
$env:TF_VAR_wordpress_user = 'usuario wordpress'
$env:TF_VAR_wordpress_user_password = 'outra senha super secreta'
$env:TF_VAR_wordpress_database = 'exemplo'
$env:TF_VAR_bastion_key_name = 'bastion-key-pair'
$env:TF_VAR_web_server_key_name = 'web-server-key-pair'
export TF_VAR_master_rds_user = 'usuario root'
export TF_VAR_master_rds_user_password = 'senha super secreta'
export TF_VAR_wordpress_user = 'usuario wordpress'
export TF_VAR_wordpress_user_password= 'outra senha super secreta'
export TF_VAR_wordpress_database = 'exemplo'
export TF_VAR_bastion_key_name = 'bastion-key-pair'
export TF_VAR_web_server_key_name = 'web-server-key-pair'
Observação: Criando as as variáveis TF_VAR_bastion_key_name
e TF_VAR_web_server_key_name
com os valores acima o padrão "wordpress-lab" definido nas variáveis bastion_key_name
e web_server_key_name
serão substituidas com os valores bastion-key-pair e web-server-key-pair, respectivamente.
Se as variáveis citadas nas seções anterioes não forem criadas ao implantar a infra elas serão solicitadas conforme imagem abaixo:
A infraestrutura é provisionada a partir dos comandos a seguir:
- terraform init: Baixa os modulos e providers necessários para execução;
- terraform plan: Exibe plano de execução para criação, atualização e/ou remoção de recursos;
- terraform apply: Executa plano e altera os recursos conforme exibido no plan.
Os comandos terraform init
e terraform appy
são obrigatórios para criação da infraestrutura via terraform cli.
Executando o comando terraform apply -auto-approve
a solicitação de aprovação não é exibida.
Importante: Executar este lab tem custo devido ao Nat Gateway.
Os valores entre colchetes utilizados nesta seção deverão ser substituidos em testes locais.
Quando a execução finalizar 4 outputs serão exibidos conforme imagem e tabela abaixo:
Output | Descrição |
---|---|
alb_public_dns | Endereço do application load balancer |
bastion_ec2_public_address | DNS público para conexão com Bastion |
db_endpoint | Endpoint de conexão com o banco de dados |
web_server_ec2_ip_address | Endereço ipv4 para conexão com servidor web |
Observação: Não é interessante a exposição desses valores em ambientes produtivos, a variável sensitive = true
pode ser adicionada ao output para ocultá-los.
O primeiro passo a ser executado após o provisionamento da infra é o acesso ao ALB, ele redirecionará a requisição para a url http://[alb_public_dns]/wp-admin/setup-config.php onde o wordpress pode ser configurado clicando em Let's go!
conforme imagens abaixo.
Com a configuração feita corretamente a seguinte tela será exibida, solicitando que o conteúdo seja adicionado ao arquivo wp-config.php
.
Para adicionar este conteúdo no arquivo wp-config.php
o web server precisa ser acessado, porém, conforme mencionado anteriormente, a instância web não pode ser acessada publicamente, apenas por recursos em sua VPC, então o acesso será feito a partir do bastion.
Sem a chave privada de acesso o bastion também não conseguirá conectar ao servidor web, para que isso seja possível, a chave privada (.pem) do servidor deve ser copiada com o comando SCP.
scp -i [bastion_key_name].pem [web_server_key_name].pem ec2-user@[DNS bastion]:/home/ec2-user
Em casos de erro ao executar o SCP ou SSH as permissões da chave .pem devem ser revisadas e alteradas preferencialmente, a AWS exige a permissão 400, ela pode ser alterada com o comando chmod.
chmod 400 [bastion_key_name].pem
chmod 400 [web_server_key_name].pem
A instância bastion pode ser acessada utilizando SSH com a chave [bastion_key_name].pem criada no inicio do processo.
ssh -i [bastion_key_name].pem ec2-user@[bastion_ec2_public_address]
Conectado ao bastion o web server precisa ser acessado para que o arquivo wp-config.php
seja criado.
ssh -i [bastion_key_name].pem ec2-user@[web_server_ec2_ip_address]
Importante: A permissão da key pair precisa ser alterada para 400 conforme mencionado anteriormente, caso contrário o bastion não conseguirá acessar o web server.
O arquivo wp-config.php
pode ser criado com o comando vim.
sudo vim /var/www/html/wp-config.php
Com o arquivo criado, seu conteúdo deve ser adicionado, porém aperte i
antes de colar para que o editor vim entre em modo de inserção. Para salvar o conteúdo adicionado a opção :x
pode ser utilizada.
Após salvar o arquivo wp-config.php
e acessar o endereço do ALB novamente a página de configuração do administrador do site será exibida.
Com os campos preenchidos a configuração o wordpress pode ser finalizada, este processo cria as tabelas no RDS para que as alterações feitas sejam armazenadas.
Feita a configuração e as tabelas criadas o site já pode ser acessado com o administrador conforme imagens abaixo.
Para validar a criação das tabelas o banco de dados pode ser acessado - do web server o bastion não possui acesso ao RDS - com o comando mysql
.
mysql -u [master_rds_user] -h [db_endpoint] -p[master_rds_user_password]
A imagem abaixo exibe as tabelas do banco de dados wordpress
a partir dos comandos show databases;
, use wordpress;
e show tables;
.
É possível visualizar que o web server (10.0.0.177) foi acessado na saída do comando ip a
.
O acesso ao bastion também é evidenciado devido a mensagem "Connection to ec2-34-229-116-196.compute-1.amazonaws.com closed.".
O comando terraform destroy -auto-approve
deve ser executado para remover todos os recursos criados via terraform. A opção -auto-approve
não é obrigatória, se ela não for adicionada ao comando destroy será solicitada aprovação, quando o comando finalizar a mensagem: "Destroy complete! Resources: X destroyed." será exibida, onde X é o número de recursos criados pelo terraform apply
.
O ambiente web é provisionado via shell script, no arquivo wordpress.sh todos os passos para instalação do wordpress e suas dependências como: apache web server, php7, mysql client estão declarados.
A propriedade user_data
do web-server.tf foi utilizada para executar o script na inicialização da instância, então sempre que uma nova instância for criada as configurações iniciais do wordpress estarão preparadas.
Analisando o arquivo cloud-init-output.log
é possível listar os logs da execução de scripts adicionados ao user_data
para troubleshooting.
sudo cat /var/log/cloud-init-output.log
É importante frisar que este é um estudo de caso, em um ambiente produtivo onde o provisionamento de outras máquinas é feito com auto scaling o ideal seria criar uma AMI com o ambiente configurado lendo as configurações do wordpress de variáveis de ambiente.