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# Primeiros passos no R
Posso escrever o código no Script e submetê-lo ao apertar o botão "Run" ou com o atalho no teclado Cmd/Ctrl+Enter.
## R como calculadora
1) Operadores
```{r calc1, eval=TRUE,include=TRUE}
#adição
10+15
#subtração
10-2
#multiplicação
2*10
#divisão
30/2
#raiz quadrada
sqrt(4)
#potência
2^2
```
Se você digitar um comando incompleto, como 10 \*, o R mostrará um +. Isso não tem a ver com a soma e apenas que o R está esperando você completar seu comando. Termine seu comando ou aperte Esc para recomeçar.
Vale também ressaltar que se você digitar um comando que o R não reconhece, ele retornará uma mensagem de erro e você pode digitar outro comando normalmente em seguida.
## Atribuição
Podemos salvar valores dentro de um objeto, que é simplemente um nome que guarda um valor, vetor, matriz, lista ou base de dados.
Para atribuir a um objeto, o sinal de atribuição é `=` ou `<-` (preferível).
Exemplos:
```{r, eval=TRUE,include=TRUE,echo=TRUE,error=TRUE}
x <- 10/2
x
X
```
Por que tivemos um erro acima?
O R é case sensitive, isto é, faz a diferenciação entre as letras minúsculas e maiúsculas. Portanto, x é diferente de X.
## Objetos em R
Existem cinco classes básicas no R:
- character: "UAH!"
- numeric: 0.95 (números reais)
- integer: 100515 (inteiros)
- complex: 2 + 5i (números complexos, a + bi)
- logical: TRUE (booleanos, TRUE/FALSE)
Vamos atribuir a x a string banana.
```{r, eval=TRUE,include=TRUE,echo=TRUE,error=TRUE}
x <- banana
x <- "banana"
x
```
O primeiro caso (x \<- banana) não deu certo, pois ele entendeu que estamos atribuindo a x outro objeto banana, que não foi declarado. Para atribuir o string banana a x, precisamos colocar entre aspas ou aspas simples. Uma string sem aspas é entendido como um objeto, veja abaixo:
```{r, eval=TRUE,include=TRUE,echo=TRUE,error=TRUE}
banana <- 30
x <- banana
x
```
Para saber a classe de um objeto, use a função `class()`.
```{r, eval=TRUE,include=TRUE,echo=TRUE,error=TRUE}
y <- "ola"
class(y)
x <- 2.5
class(x)
```
### Apagar objetos
E se eu quiser apagar um objeto?
```{r, eval=TRUE,include=TRUE,echo=TRUE,error=TRUE}
x <- 20
x
remove(x)
x
```
E se eu quiser limpar o console - apaga todos os objetos atribuídos até aqui:
```{r, eval=TRUE,include=TRUE,echo=TRUE,error=TRUE}
rm(list=ls())
```
## Vetores
Como atribuir vários valores a um objeto? Para entrar com vários números (ou nomes, ou qualquer outro grupo de coisas), precisamos usar uma função para dizer ao programa que os valores serão combinados em um único vetor.
```{r, eval=TRUE,include=TRUE,echo=TRUE,error=TRUE}
x <- c(2,3,4)
x
y <- seq(1,10)
y
z <- rep(1,10)
z
a <- 1:10
a
bicho <-c("macaco","pato","galinha","porco")
bicho
```
E se quisermos visualizar o conteúdo da posição 2 no vetor bicho?
```{r, eval=TRUE,include=TRUE,echo=TRUE,error=TRUE}
bicho[2]
```
As operações vetoriais podem ser realizadas de maneira bastante intuitiva. Como exemplos:
```{r, eval=TRUE,include=TRUE,echo=TRUE,error=TRUE}
x <- c(2,3,4)
x
ops <- x-1
ops
k <- x*2
k
```
Vamos agora considerar um vetor de pesos em kg e altura em metros de 6 pessoas.
```{r, eval=TRUE,include=TRUE,echo=TRUE,error=TRUE}
peso <- c(62, 70, 52, 98, 90, 70)
peso
altura <- c(1.70, 1.82, 1.75, 1.94, 1.84, 1.61)
altura
```
Vale mencionar que o separador de decimais no R é . (ponto)!
Como calcularia o IMC? Lembrando que o IMC é dado pelo peso (em kg) dividido pela altura (em metros) ao quadrado.
```{r, eval=TRUE,include=TRUE,echo=TRUE,error=TRUE}
imc <- peso/(altura^2)
imc
```
Para saber o tamanho do vetor, use a função `length()`.
```{r, eval=TRUE,include=TRUE,echo=TRUE,error=TRUE}
length(imc)
```
## Matrizes
Matrizes são vetores numéricos com duas dimensões, que são simplesmente a linha e a coluna às quais o elemento pertence.
```{r, eval=TRUE,include=TRUE,echo=TRUE,error=TRUE}
x <- matrix(seq(1,16), nrow=4,ncol=4)
x
```
Note que os números de 1 a 16 foram dispostos na matriz coluna por coluna ou seja, preenchendo de cima para baixo e depois da esquerda para a direita.
Como sei qual elemento está na segunda linha e terceira coluna da matriz x?
```{r, eval=TRUE,include=TRUE,echo=TRUE,error=TRUE}
x[2,3]
x[3, ] # seleciona a 3ª linha
x[ , 2] # seleciona a 2ª coluna
x[1, 2] # seleciona o elemento da primeira linha e segunda coluna
```
E se eu quiser substituir a primeira linha por (13,15,19,30)?
```{r, eval=TRUE,include=TRUE,echo=TRUE,error=TRUE}
x[1,] <- c(13,15,19,30)
x
```
Seja o vetor d:
```{r, eval=TRUE,include=TRUE,echo=TRUE,error=TRUE}
d <- c(128,124,213,234)
```
E se quisermos substituir a terceira coluna por d?
```{r, eval=TRUE,include=TRUE,echo=TRUE,error=TRUE}
x[,3] <- d
```
Qual a dimensão da matriz x?
Vimos que para vetor usamos o comando `length()`. Serve para matriz também? Vamos testar!
```{r, eval=TRUE,include=TRUE,echo=TRUE,error=TRUE}
length(x)
```
Note que retorna o número de colunas vezes o número de linhas (4\*4=16). Mas o que quero saber é o numero de linhas e de colunas. Para isso, o comando é `dim()`.
```{r, eval=TRUE,include=TRUE,echo=TRUE,error=TRUE}
dim(x)
```
Para concatenar linhas em uma matriz, podemos usar o comando `rbind()`:
```{r, eval=TRUE,include=TRUE,echo=TRUE,error=TRUE}
vet <- c(2,20,12,34)
x2 <- rbind(x,vet)
x2
```
Para concatenar colunas em uma matriz, podemos usar o comando `cbind()`:
```{r, eval=TRUE,include=TRUE,echo=TRUE,error=TRUE}
v2 <- c(25,10,15,4)
x3 <- cbind(x,v2)
x3
```
## Fatores
Fatores podem ser vistos como vetores de inteiros que possuem rótulos (labels). Eles são úteis para representar uma variável categórica (nominal e ordinal).
```{r, eval=TRUE,include=TRUE,echo=TRUE,error=TRUE}
sexo <- c("M", "H", "H", "H", "M", "M", "H")
sex <- as.factor(sexo)
sex
levels(sex)
```
## Data frame
Trata-se de uma "tabela de dados" onde as colunas são as variáveis e as linhas são os registros. Essas colunas podem ser de classes diferentes.
Essa é a grande diferença entre data.frame's e matrizes (matriz é só numerica).
Posso criar um data frame no R com os vetores, por exemplo:
```{r, eval=TRUE,include=TRUE,echo=TRUE,error=TRUE}
ID <- seq(1,6)
pes <- c(62, 70, 52, 98, 90, 70)
alt <- c(1.70, 1.82, 1.75, 1.94, 1.84, 1.61)
imc <- pes/(alt^2)
dados <- data.frame(ID=ID,peso=pes,altura=alt, imc=imc)
dados
```
Posso pensar que o data frame tem a mesma ideia de matriz. Quero olhar os dados de altura, que sei que está na coluna 3.
```{r, eval=TRUE,include=TRUE,echo=TRUE,error=TRUE}
dados[,3]
```
Mas existe uma maneira mais fácil de selecionar a variável de interesse sem ter que saber em qual coluna ela está.
Por ser um data frame, posso usar `$` da seguinte maneira:
```{r, eval=TRUE,include=TRUE,echo=TRUE,error=TRUE}
dados$altura
```
Putz, esqueci de colocar a variável de grupo no data frame. Tenho que criar tudo de novo? Não:
```{r, eval=TRUE,include=TRUE,echo=TRUE,error=TRUE}
gr <- c(rep(1,3),rep(2,3))
dados$grupo <- gr
dados
```
Veja que no "dados\$grupo" foi inserido o objeto "gr". Se "gr" não tivesse o mesmo número de linhas do data frame retornaria um erro.
**Funções úteis para data.frame:**
Ainda não falamos com muito detalhes sobre funções no R, faremos isso mais adiante. Mas por enquanto, considere que sejam nomes já salvos no R e que, ao colocar o objeto da base de dados (no nosso exemplo é `dados`) dentro dos parênteses, retorna algumas informações úteis sobre a base de dados. São algumas delas:
- head() - Mostra as primeiras 6 linhas.
- tail() - Mostra as últimas 6 linhas.
- dim() - Número de linhas e de colunas.
- names() - Os nomes das colunas (variáveis).
- str() - Estrutura do data.frame. Mostra, entre outras coisas, as classes de cada coluna.
```{r, eval=TRUE,include=TRUE,echo=TRUE,error=TRUE}
head(dados)
dim(dados)
names(dados)
str(dados)
```
## Operadores lógicos
A operação lógica nada mais é do que um teste que retorna verdadeiro (`TRUE`) ou falso (`FALSE`). Esses dois valores recebem uma classe especial: `logical`.
- Igual a: ==
Vamos testar se um valor é igual ao outro.
Exemplo:
```{r, eval=TRUE,include=TRUE,echo=TRUE,error=TRUE}
10==11
11==11
```
No primeiro retornou `FALSE`, pois realmente 10 não é igual a 11 e no segundo caso acima retornou `TRUE`, pois realmente 11 é igual a 11.
De maneira análoga funciona para os operadores abaixo:
- Diferente de: !=
Exemplo:
```{r, eval=TRUE,include=TRUE,echo=TRUE,error=TRUE}
10!=11
```
- Maior que: \>
- Maior ou igual: \>=
- Menor que: \<
- Menor ou igual: \<=
Exemplos:
```{r, eval=TRUE,include=TRUE,echo=TRUE,error=TRUE}
10>5
10>=10
4<4
4<=4
```
- Um outro operador muito útil é o `%in%`. Com ele, podemos verificar se um valor está dentro de um vetor.
```{r, eval=TRUE,include=TRUE,echo=TRUE,error=TRUE}
ex <- 1:15
3 %in% ex
```
- E: & - será verdadeiro se os dois forem TRUE.
```{r, eval=TRUE,include=TRUE,echo=TRUE,error=TRUE}
x <- 15
x > 10 & x < 30
x < 10 & x < 30
```
- OU: \| - será verdadeiro se um dos dois forem TRUE.
```{r, eval=TRUE,include=TRUE,echo=TRUE,error=TRUE}
x <- 15
x > 10 | x < 30
x < 10 | x < 30
```
- Negação: !
```{r, eval=TRUE,include=TRUE,echo=TRUE,error=TRUE}
x <- 15
!x<30
```
## Dados faltantes, infinitos e indefinições matemáticas
- NA (Not Available): dado faltante/indisponível. Exemplo:
```{r, eval=TRUE,include=TRUE,echo=TRUE,error=TRUE}
x <- c(1,6,9)
x[4]
```
Retornou `NA` porque não há elemento na posição 4 do vetor x.
- NaN (Not a Number): indefinições matemáticas. Como 0/0 e log(-1). Exemplo:
```{r, eval=TRUE,include=TRUE,echo=TRUE,warning=FALSE,error=TRUE}
log(-10)
```
- Inf (Infinito): número muito grande ou o limite matemático. Aceita sinal negativo (-Inf). Exemplo:
```{r, eval=TRUE,include=TRUE,echo=TRUE,warning=FALSE,error=TRUE}
10^14321
```
## Condicionamento: If e else
As estruturas *if* e *else* servem para executar um código apenas se uma condição (teste lógico) for satisfeita.
```{r, eval=TRUE,include=TRUE,echo=TRUE,error=TRUE}
a <- 224
b <- 225
if (a==b) {
v <- 10
} else {
v <- 15
}
v
```
Veja que o R só executa o conteúdo das chaves {} se a expressão dentro dos parênteses () retornar `TRUE`.
Note que a condição de igualdade é representada por dois iguais (`==`). Como dito anteriormente, apenas um igual (`=`) é símbolo de atribuição (preferível \<-).
Veja outro exemplo:
```{r, eval=TRUE,include=TRUE,echo=TRUE,error=TRUE}
a <- 224
b <- 225
if (a==b) {
v <- 10
} else if (a > b) {
v <- 15
} else {
v <- 25
}
v
```
Veja que nesse exemplo gostaria de usar mais de duas condições, e por isso usamos a estrutura intermediária else if.
## Iterador for
O *for* serve para repetir uma mesma tarefa para um conjunto de valores diferentes. Cada repetição é chamada de iteração.
Como exemplo, considere o vetor atribuído ao objeto m como segue:
```{r, eval=TRUE,include=TRUE,echo=TRUE,error=TRUE}
m <- c(1,20,50,60,100)
```
Quero criar um novo vetor, p digamos, que seja formado por cada elemento de m dividido por sua posição.
```{r, eval=TRUE,include=TRUE,echo=TRUE,error=TRUE}
p <- NULL
for (i in 1: length(m)){
p[i] <- m[i]/i
}
p
```
Note que primeiro definimos o objeto p, recebendo `NULL`. O `NULL` representa a ausência de um objeto e serve para já declarar algum objeto que receberá valor na sequência. No caso, ao rodar o for, o p é um vetor de tamanho 5 (tamanho do vetor m).
No exemplo, temos 5 iterações e para cada valor de i, correndo de 1 até 5 (tamanho de m), pegamos o valor de m na posição i e dividimos por sua posição. Assim, formamos o vetor p.
## Funções
Funções no R são nomes que guardam um código de R. A ideia é que sempre que rodar a função com os seus argumentos, o código que ela guarda será executado e o resultado será retornado.
Já usamos anteriormente algumas funções que estão na base do R. Por exemplo, quando usamos `class()` para entender a classe do objeto que o R está entendendo. Colocamos um argumento dentro do parênteses e o R retornou qual a classe do objeto em questão. Relembre o que falamos ao perguntar ao R qual a classe do vetor oi criado:
```{r, eval=TRUE,include=TRUE,echo=TRUE,error=TRUE}
oi <- c(10,20,2,1,0.5)
class(oi)
```
Agora vamos conversar sobre outra função já criada e disponibilizada na base do R: `mean`. Essa função retorna a média do vetor que está em seu argumento. Vamos calcular a média dos valores do vetor oi:
```{r, eval=TRUE,include=TRUE,echo=TRUE,error=TRUE}
mean(oi)
```
Considere que, por algum motivo, tenha no vetor oi uma observação faltante. No R, dado faltante é caracterizado por `NA`.
```{r, eval=TRUE,include=TRUE,echo=TRUE,error=TRUE}
oi <- c(10,20,2,1,0.5,NA)
```
Perceba que, apesar de `NA` ser um texto, não coloquei entre aspas porque quero falar para o R que naquela posição não tem valor e o R entende isso ao ler `NA` (sem aspas). Se colocar entre aspas, ele entenderá como sendo um texto e não mais como valor faltante.
```{r, eval=TRUE,include=TRUE,echo=TRUE,error=TRUE}
mean(oi)
```
Como não sabemos o valor do elemento na posição 6 do vetor oi, o R não teria como calcular a média de todos os 6 valores e por isso devolve `NA`. No entanto, queremos calcular a média dos elementos de oi ao retirar os valores faltantes, ou seja, queremos fazer: (10+20+2+1+0.5)/5. Então devemos falar para o R o que queremos, e para isso podemos utilizar o argumento `na.rm = TRUE`:
```{r, eval=TRUE,include=TRUE,echo=TRUE,error=TRUE}
mean(oi,na.rm = TRUE)
```
**Importantes:**
1) Se a função tiver mais de um argumento, eles são sempre separados por vírgulas;
2) Cada função tem os seus próprios argumentos. Para saber quais são e como usar os argumentos de uma função, basta acessar a sua documentação. Uma forma de fazer isso é pela função `help`, cujo argumento é o nome da função que precisa de ajuda:
```{r, eval=FALSE,include=TRUE,echo=TRUE,error=TRUE}
help(mean)
```
Veja que abrirá a documentação sobre a função `mean` no menu "Help" do RStudio, e lá é possível ver os argumentos e exemplos de uso da função em questão.
Ainda sobre funções já presentes no R, vamos considerar agora a função `sample`. Veja a documentação dessa função para ver o que ela faz:
```{r, eval=FALSE,include=TRUE,echo=TRUE,error=TRUE}
help(sample)
```
A função `sample` retorna uma amostra de um vetor com tamanho especificado em um de seus argumentos com ou sem reposição. Ela apresenta quatro argumentos: `sample(x, size, replace = FALSE, prob = NULL)`, em que: `x` é o vetor do qual será amostrado o número de elementos especificado no argumento `size`, seja com ou sem reposição (argumento `replace`) e com dadas probabilidades de seleção, especificadas em `prob`.
Quero usar essa função para amostrar do objeto oi (`x=oi`) dois elementos (`size=2`) em uma seleção com reposição (`replace = TRUE`) e que a probabilidade de seleção seja a mesma para todos os elementos do vetor oi. No caso da probabilidade, como podemos ver na documentação da função `sample`, o *default* (padrão se o usuário não mudar o argumento) é ser a mesma probabilidade de seleção para todos os elementos. Assim, se o usuário nada especificar para esse argumento, o R entenderá o seu *default*. O mesmo vale para o argumento `replace`: caso fosse o interesse fazer a seleção sem reposição, não precisaríamos colocar esse argumento porque seu *default* é `FALSE`.
```{r, eval=TRUE,include=TRUE,echo=FALSE,error=TRUE}
oi <- c(10,20,2,1,0.5)
```
```{r, eval=TRUE,include=TRUE,echo=TRUE,error=TRUE}
sample(x=oi,size=2,replace=TRUE) #não colocamos argumento prob porque vamos usar o seu default (probs iguais).
```
Também poderíamos usar a mesma função sem colocar o nome dos argumentos:
```{r, eval=TRUE,include=TRUE,echo=TRUE,error=TRUE}
sample(oi,2,TRUE)
```
Mas, nesse caso, é importante que se respeite a ordem dos argumentos: o vetor tem que ser o primeiro, o segundo argumento é `size` e assim por diante.
Vale ressaltar que as duas últimas saídas não necessariamente serão as mesmas, porque é feito um sorteio aleatório de dois elementos de oi em cada uma delas.
Além de usar funções já prontas, podemos criar novas funções. Suponha que queremos criar uma função de dois argumentos que retorna o primeiro mais três vezes o segundo argumento. Criamos a função no que segue:
```{r, eval=TRUE,include=TRUE,echo=TRUE,error=TRUE}
f_conta <- function(x,y) {
out <- x+3*y
return(out)
}
```
A função acima tem:
- o nome: f_conta;
- os argumentos: x e y;
- o corpo out: \<- x+3\*y; e
- o que retorna: return(out).
Suponha que eu queira fazer a conta 10+3\*20. Podemos fazer isso ao chamar a função criada `f_conta`.
```{r, eval=TRUE,include=TRUE,echo=TRUE,error=TRUE}
f_conta(x=10,y=20)
```
Veja que o cálculo acima retorna exatamente o mesmo que o seguinte:
```{r, eval=TRUE,include=TRUE,echo=TRUE,error=TRUE}
f_conta(y=20,x=10)
```
Isso acontece porque mudei a ordem dos argumentos, mas acompanhado com os nomes dos argumentos. Se eu não quiser colocar os nomes dos argumentos, precisa tomar cuidado para não errar a ordem deles. Pois:
```{r, eval=TRUE,include=TRUE,echo=TRUE,error=TRUE}
f_conta(10,20)
```
é diferente de
```{r, eval=TRUE,include=TRUE,echo=TRUE,error=TRUE}
f_conta(20,10)
```
## Como obter ajuda no R
Listamos aqui 3 maneiras para buscar ajuda no R:
- Help/documentação do R (comandos help(nome_da_funcao) ou ?nome_da_funcao). Como exemplo,
```{r, eval=FALSE,include=TRUE,echo=TRUE,error=TRUE}
help(mean) #ou
?mean
```
- Google Na Figura \@ref(fig:help) está o exemplo de busca de ajuda no Google. Repare no 'r' no início da busca, isso pode ajudar.
```{r help, echo=FALSE, fig.cap="\\label{fig:help}Pesquisa no Google", out.width = '100%'}
knitr::include_graphics("figures/help_R.png")
```
- Comunidade O [Stack Overflow](https://stackoverflow.com/) e o [Stack Overflow em Português](https://pt.stackoverflow.com/) são sites de Pergunta e Resposta amplamente utilizados por todas as linguagens de programação, e o R é uma delas.
## Pacotes
Como dito quando falamos "Sobre o R", o R apresenta funções na sua base e também em forma de pacotes (conjunto de funções bem documentado), que precisam ser instalados (uma vez no seu computador) e carregados na sessão de utilização do R (carregado em toda sessão aberta).
Dificilmente você vai fazer uma análise apenas com as funções básicas do R e dificilmente não vai existir um pacote com as funções que você precisa. Por esse motivo, falamos a seguir em como instalar e carregar pacotes.
### Instalação de pacotes
- **Via CRAN:**
```{r, eval=FALSE,include=TRUE,echo=TRUE,error=FALSE,message=FALSE}
install.packages("nome-do-pacote")
```
Exemplo: Instalação do pacote `dplyr`.
```{r, eval=FALSE,include=TRUE,echo=TRUE,error=FALSE,message=FALSE}
install.packages("dplyr")
```
Note que o nome do pacote está entre aspas.
- **Via Github:** Para instalar via Github, precisa primeiramente instalar o pacote `devtools`.
```{r, eval=FALSE,include=TRUE,echo=TRUE,error=FALSE,message=FALSE}
devtools::install_github("nome-do-repo/nome-do-pacote")
```
Exemplo:
```{r, eval=FALSE,include=TRUE,echo=TRUE,error=FALSE,message=FALSE}
devtools::install_github("tidyverse/dplyr")
```
### Carregar pacotes
Uma vez que um pacote de interesse está instalado em sua máquina, para carregá-lo na sessão atual do R é só rodar a seguinte linha de comando:
```{r, eval=FALSE,include=TRUE,echo=TRUE,error=FALSE,message=FALSE}
library(nome-do-pacote)
```
Veja que para carregar o pacote não se usa aspas.
Como exemplo, o carregamento do pacote `dplyr`:
```{r, eval=FALSE,include=TRUE,echo=TRUE,error=FALSE,message=FALSE}
library(dplyr)
```
Só é necessário instalar o pacote uma vez, mas é necessário carregá-lo toda vez que começar uma nova sessão.
Dado que o pacote está carregado ao rodar a função `library()`, todas as funções desse pacote podem ser usadas sem problemas.
Caso você não queira carregar o pacote e apenas usar uma função específica do pacote, você pode usar `nome-do-pacote::nome-da-funcao`. Por exemplo:
```{r, eval=FALSE,include=TRUE,echo=TRUE,error=FALSE,message=FALSE}
dplyr::distinct(...)
```
Se você tivesse carregado o pacote `dplyr` anteriormente (pela função `library()`), não seria necessário colocar `dplyr::` antes da função `distinct` do pacote.
## Materiais complementares
- Critical Thinking in Clinical Research. Felipe Fregni & Ben M. W. Illigens. 2018.
- Sites:
- https://www.bmj.com/about-bmj/resources-readers/publications/statistics-square-one/1-data-display-and-summary
- http://www.sthda.com/english/wiki/statistical-tests-and-assumptions
- CHAPTER 3: Selecting the Study Population. In: Critical Thinking in Clinical Research by Felipe Fregni and Ben Illigens. Oxford University Press 2018.
- Fandino W. Formulating a good research question: Pearls and pitfalls. Indian J Anaesth. 2019;63(8):611--616. doi:10.4103/ija.IJA_198_19
- Riva JJ, Malik KM, Burnie SJ, Endicott AR, Busse JW. What is your research question? An introduction to the PICOT format for clinicians. J Can Chiropr Assoc. 2012;56(3):167--171.
- External validity, generalizability, and knowledge utilization. Ferguson L1. J Nurs Scholarsh. 2004;36(1):16-22.
- Peter M Rothwell; Commentary: External validity of results of randomized trials: disentangling a complex concept, International Journal of Epidemiology, Volume 39, Issue 1, 1 February 2010, Pages 94--96, https://doi.org/10.1093/ije/dyp305